A ginástica é um desporto com diferentes disciplinas, muito dinâmicas e que requerem não só força, potência e resistência, mas também flexibilidade, equilíbrio e coordenação.
Os ginastas começam, de forma geral, a treinar muito cedo, iniciando a sua carreira desportiva em média com 6 anos de idade e com treinos de grande intensidade. Este facto permite perceber o possível impacto que esta modalidade poderá ter no crescimento e desenvolvimento corporal dos atletas. Estudos têm demonstrado que o índice de massa corporal médio, a percentagem de gordura corporal e a ingestão energética diária de ginastas costumam ser inferiores aos dos não ginastas.
Estes atletas devem ter uma composição corporal que lhes permita ter força e potência, mas também leveza e agilidade. Por este motivo, o baixo peso corporal pode ser uma meta de muitos atletas e da sua equipa técnica como forma de prevenção de uma possível sobrecarga corporal.
Poderá ser do seu interessa a leitura do artigo "Quais os desafios da nutrição em desportos de alta competição" que pode encontrar AQUI.
Também a exigência das acrobacias, com frequentes inversões corporais e saltos, podem dificultar a escolha dos alimentos a consumir antes da prática do exercício, por forma a que estes não provoquem indisposição e/ou comprometam a performance dos atletas. Para além disso, esta é também uma modalidade com uma componente estética muito forte, onde o foco está frequentemente no “corpo ideal”.
Consulte o artigo "O que devo comer antes do exercício?" AQUI.
Esses fatores, em conjunto, podem culminar numa baixa ingestão energética. A linha é muito ténue entre a preocupação com o peso ideal visando a performance ideal vs. estética vs. saúde.
Diante da caracterização de possíveis cenários em que estão envolvidos os praticantes desta modalidade, ficam subentendidas as razões pelas quais estes atletas são mais suscetíveis a determinados riscos metabólicos e nutricionais, como por exemplo a deficiência de energia relativa no desporto (RED-S).
Com todas estas condicionantes é essencial que estes atletas tenham um acompanhamento nutricional personalizado.
O nutricionista deverá partilhar com o atleta as estratégias de educação alimentar e nutricional que considere úteis para aumentar a literacia alimentar dos ginastas.
Aceda de forma gratuita a um artigo de revisão publicado em 2017 sobre a composiçao corpotal de ginastas de elite, clicando AQUI.