Preparação para o parto e parentalidade
No Programa Nacional para a Vigilância da Gravidez de Baixo Risco (de novembro de 2015), fica bem claro que todas "as questões envolvidas na gravidez, parto, puerpério e parentalidade que podem afetar a grávida e a sua família devem ser tratadas de uma forma pró-ativa, no âmbito da educação pré-natal, na qual se inclui a preparação para o parto e a parentalidade".
Com efeito, devem ser abordados temas tão diversos como as transformações físicas e psicológicas da gravidez e parentalidade, o crescimento e desenvolvimento fetal, o trabalho de parto, os tipos de parto, a analgesia no parto, o papel do acompanhante, a massagem ao períneo, entre muitos outros. Também os cuidados no puerpério e ao recém-nascido (alimentação, banho, roupa, vacinas), o aleitamento materno, as competências parentais e os direitos e deveres parentais devem ser discutidos entre os profissionais de saúde e os pais.
Os cursos de preparação para o parto apresentam-se como um excelente meio de transmissão de conhecimentos e capacitação. De facto "além da componente teórica na abordagem das diferentes temáticas, este deve incluir sessões práticas que envolvam exercícios para o período da gravidez e do pós-parto imediato. As atividades com vista à promoção da vinculação entre mãe/pai/bebé (comunicação intrauterina, aprendizagem da massagem infantil), os posicionamentos a ter durante o trabalho de parto e as técnicas de respiração e relaxamento devem, também, ser abordados nas sessões práticas."
A equipa multidisciplinar e a preparação para o parto e parentalidade
O recurso a equipas multidisciplinares permite que a grávida e rede de suporte tenham contacto com diferentes experiências e saberes, que enriquecem e promovem a qualidade do trabalho desenvolvido e da conequente aprendizagem. Com efeito, pretende-se desenvolver a confiança e promover competências para uma melhor vivência da gravidez, parto e transição para a parentalidade; pretende-se também dar espaço à grávida e casal para que exista a expressão e o esclarecimento de medos, dúvidas e angústias decorrentes destas fases.
Segundo o Programa Nacional para a Vigilância da Gravidez de Baixo Risco (de novembro de 2015), "deve ser promovida a participação do pai e/ou de outra pessoa significativa para a grávida. Os homens têm necessidades psicológicas, emocionais e físicas específicas relacionadas com a sua preparação e adaptação à paternidade, que é necessário ter em conta, escutando-os, esclarecendo-os e apoiando-os também.
Preparação para o aleitamento materno
O leite materno é um alimento vivo, completo e natural que possui a composição nutricional perfeitamente ajustada às necessidades do bebé. Sofre alterações ao longo do tempo, respondendo à crescente exigência de nutrientes que ocorre com o crescimento. Para além de nutrientes possui outras substâncias com capacidade imunomoduladora, bem como centenas de espécies de bactérias benéficas, tornando o leite materno inimitável. É adequado a quase todos os recém-nascidos, sendo raras as exceções.
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Fonte: "Programa Nacional para a Vigilância da Gravidez de Baixo Risco". DGS, novembro de 2015. (https://bit.ly/2S2pZbe)