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Publicado a 02/04/2020

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Parentalidade: gravidez e o papel do pai

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O que é a gravidez?

A gravidez é um processo fisiológico, vivenciado por muitos milhões de mulheres ao longo da história da humanidade. A gravidez não é, por isso, um estado de doença que necessite tratamento.

No Programa Nacional para a Vigilância da Gravidez de Baixo Risco (de novembro de 2015) pode ler-se que "gerar (uma nova pessoa), traduz uma adaptação a uma nova situação (ser mãe, ser pai) e uma modificação fisiológica corporal e emocional (processo adaptativo da gravidez) que culmina num desfecho: o nascimento de uma ou mais crianças. A forma como se vivem estas transições e transformações é individual. É, além disso, única. Porque todas as gestações são diferentes, mesmo quando vividas pela mesma mulher, em diferentes circunstâncias ao longo do tempo."

Com efeito, neste momento do ciclo de vida cruzam-se fatores individuais, grupais e trasgeracionais do ponto de vista somático, psicólogio e cultural. Trata-se de uma fase de muitas mudanças na vida da mulher e rede de suporte, dos quais não podemos excluir a modificação de hábitos alimentares, de exercício físico, de cessação tabágica, de consumo de substâncias psicoativas.

 

O papel do pai: interveniente ativo e parceiro

Segundo o Programa Nacional para a Vigilância da Gravidez de Baixo Risco (de novembro de 2015), "cada vez mais se reconhece que, sempre que possível, deve ser promovida a participação do pai. Deve ser salvaguardada e respeitada a decisão da grávida nas situações em que tal é impossível ou existe oposição por parte desta.

As mulheres e seus companheiros e/ou família devem ser considerados parceiros nas decisões e intervenções que sejam necessárias para a vigilância da gravidez. Nesse sentido, todos os envolvidos deverão ser tratados com respeito e dignidade. As opiniões, crenças, ambientes culturais e valores da grávida/ companheiro e família no que se relaciona com a prestação de cuidados quer à grávida, quer ao bebé devem ser escutados e respeitados.

Este reconhecimento da importância do papel ativo do pai, não pressupõe limitar o reconhecimento de que a atualidade tem trazido novas formas de organização em família. Ou que existem circunstâncias de vida (separação, novas uniões, morte) que criam formas de estar diferentes. E que, por isso, o processo de vivência de uma gravidez é, também por estas razões, único e sempre individualizado, prevalecendo a importância e o reconhecimento da qualidade parental, materna e paterna."

Com efeito, temos assitido a uma modificação social que coloca desafios acrescidos profissionais de saúde que acompanham as famílias. Para conhecer algumas das modificações do tecido social e das escolhas reprodutivas que mais impacto têm tido na forma como os profissionais de saúde acompanham e cuidam das mães, bebés e famílias, clique AQUI!

Fonte: "Programa Nacional para a Vigilância da Gravidez de Baixo Risco". DGS, novembro de 2015. (https://bit.ly/2S2pZbe)

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