Dia Nacional de Prevenção do Cancro da Mama | 30 de outubro
Em Portugal todos os anos são detetados cerca de 5000 novos casos de cancro da mama e 1500 mulheres morrem em consequência desta doença.
Com efeito, segundo a DGS o cancro da mama é o tipo de cancro mais comum entre as mulheres (não considerando o cancro de pele): 1 em cada 8 mulheres portuguesas é afetada por este tipo de cancro.
O cenário europeu não é muito diferente, estimando-se que 1 em cada 10 mulheres venha a desenvolver a doença antes de atingirem os 80 anos.
Não obstante a expressividade destes números, a taxa de mortalidade tem vindo a diminuir. Ora, para esta mudança de realidade muito têm contribuído os avanços da ciência e tecnologia, assim como o acompanhamento dos profissionais de saúde.
Prova disso mesmo é o estudo publicado na revista Science Translational Medicine, no qual um grupo de cientistas recorreu a análises sanguíneas para a deteção de ADN das células cancerígenas no sangue após quimioterapia e cirurgia feita em 55 mulheres com cancro da mama; por outras palavras, este teste permitiu detectar antecipadamente as metástases decorrentes deste tipo de cancro em 80% das mulheres que posteriormente desenvolveram metástases.
Importa também referir que, aesar dos avanços no diagnóstico precoce e no tratamento do cancro de mama, os tratamentos primários para esta doença (cirurgia, radioterapia e quimioterapia) continuam a apresentar, em parte dos quase 3 milhões de casos diagnosticados anualmente, uma enorme percentagem de consequências físicas, às quais se juntam o enorme impacto emocional e psicossocial.
Assim, e com base na evidência científica publicada nos últimos anos, incluindo ensaios randomizados e revisões sistemáticas, ao longo da última década, foram desenvolvidas diretrizes de prática clínica com objetivos de prevenção e tratamento dessas limitações.