Apesar dos avanços no diagnóstico precoce e no tratamento do cancro de mama, os tratamentos primários para esta doença (cirurgia, radioterapia e quimioterapia) continuam a apresentar, em parte dos quase 3 milhões de casos diagnosticados anualmente, uma enorme percentagem de consequências físicas, nomeadamente:
A juntar a estas consequências músculo-esqueléticas, saliente-se o profundo impacto emocional e psicossocial de receber um diagnóstico de cancro da mama, assim como de ser submetido a um plano de tratamentos na sua maioria bastante rigorosos.
Com base na evidência científica publicada nos últimos anos, incluindo ensaios randomizados e revisões sistemáticas, ao longo da última década, foram desenvolvidas diretrizes de prática clínica com objetivos de prevenção e tratamento dessas limitações.
1. Recomendações: Reabilitação de Extremidade Superior
2. Recomendações: Diagnóstico e Avaliação do Linfedema
3. Recomendações: Gestão da dor relacionada com o cancro da mama
4. Recomendações: Gestão da fadiga associada ao cancro da mama
5. Recomendações não farmacológicas: Gestão da neuropatia periférica induzida por quimioterapia, cardiotoxicidade relacionada com o tratamento, saúde óssea e controle de peso
No entanto, a tradução dessas orientações para a prática clínica precisa ser acelerada.
Além disso, pesquisas adicionais são necessárias para atualizar as diretrizes sobre disfunções músculo-esqueléticas das extremidades superiores e linfedema, bem como para o desenvolvimento de novas diretrizes de reabilitação no acompanhamento e intervenção de outras deficiências identificadas no Modelo Prospectivo de Vigilância (Prospective Surveillance Model), por exemplo, a artralgia.
Estivemos à conversa com Nuno Duarte, um Fisioterapeuta com enorme conhecimento e experiência clínica na intervenção no cancro da mama - veja agora qual é o papel do FT neste contexto, segundo este profissonal:
Fonte: “Clinical practice guidelines for breast cancer rehabilitation” (2012)