Pilates é uma das metodologias de treino mais procuradas, da qual provavelmente já ouviu falar. A sua evolução tem sido rápida e significativa a nível mundial.
Tem conhecimento deste método? Em que se baseia? A partir do Pilates Tradicional surgiu a necessidade de adaptar os exercícios para que qualquer pessoa conseguisse aprender e executar esta técnica de acordo com as suas capacidades físicas e limitação. Sabia que a essa modificação chamamos Pilates Clínico?
Talvez sejam demasiadas perguntas, mas convido-o a ler os seguintes parágrafos de forma a ficar mais esclarecido!
Pilates – O que é?
É um método de treino que utiliza uma diversidade de exercícios de forma a fortalecer o nosso corpo, alongar os nossos músculos e estabilizar a nossa região lombo-pélvica.
Baseando a sua essência na respiração controlada e na contração dos músculos abdominais mais profundos, o Pilates foca-se na execução correta do movimento e não na quantidade.
Pilates Clínico – Principais diferenças
Nos dias de hoje, pelos seus excelentes resultados, o Pilates é uma tipologia de treino com imensa procura e também oferta. Encontramos classes num ginásio, numa clínica fisiátrica, em centros de 'Wellness', ou até mesmo em meio hospitalar.
O que se constata é que o tipo de população que originalmente começou a trabalhar com este método (bailarinos e ginastas), não é o mesmo que procura a sua utilização no presente. Idosos, grávidas e casos clínicos com dor lombar ou disfunções na articulação sacroilíaca, são algumas das histórias mais comuns na utilização destes exercícios.
Assim sendo, surgiu a necessidade de modificar os mesmos, decompondo cada exercício em diferentes níveis de dificuldade, para que cada indivíduo possa iniciar a sua recuperação e aprendizagem em graus mais simples e ir evoluindo de acordo com as suas capacidades e melhorias.
O Pilates Clínico posiciona-se no mercado como uma vertente mais específica para a reabilitação.
Princípios do Pilates Clínico
São conhecidos seis Princípios do Pilates Clínico: Centro, Respiração, Precisão, Concentração, Movimento Fluído e Controlo.
Sendo uma técnica que trabalha em conjunto corpo e mente, os dois primeiros princípios são os verdadeiros “heróis”, e aqueles que distinguem o Pilates Clínico de qualquer outra técnica que implique movimento corporal.
Como praticar Pilates Clinico?
Existem várias opções para quem deseja iniciar o seu percurso com este método. A mais simples e confortável é o colchão, que permite uma melhor adaptação aos exercícios. É fácil de transportar, podendo até praticar em casa, necessitando apenas de roupa confortável e motivação. A bola, que tão certamente relaciona com o Pilates, é considerada uma peça de pequeno equipamento, que podemos utilizar para variar o nosso repertório de exercícios.
Por outro lado, se quer aumentar o nível de exigência, treinar mais equilíbrio e coordenação tem à sua disposição grandes equipamentos, sendo os mais famosos: Arc Barrel, Cadillac, Reformer e Wunda Chair.
Dicas e Cuidados a ter
a. Grávidas:
b. Dor lombar:
c. Idosos:
Para qualquer uma destas populações, o Pilates Clinico tem sido aplicado no sentido de prevenir e tratar alterações posturais, lesões músculo-esqueléticas e neurológicas. Quando utilizado corretamente e frequentemente modifica o nosso corpo de forma positiva. Desta forma, se pretende aumentar a sua flexibilidade, fortalecer a sua musculatura profunda e superficial, melhorar o equilíbrio, e acima de tudo se pretende otimizar o seu bem-estar, preenche os critérios para experimentar esta técnica e começar a sentir os seus benefícios!
📌 Ora, para compreender melhor o que distingue o Pilates Clinico da APPI (Australian Physioterapy and Pilates Institute), aceda, de forma gratuita, à entrevista aos criadores do método Pilates Clinico da APPI para a Bwizer Magazine, clicando AQUI.
CV: Licenciada em fisioterapia (CESPU), tem uma forte paixão pelo Pilates, aplicando-o tanto em contexto clínico como em contexto formativo. Foi a primeira instrutora portuguesa do método de Pilates Clínico (APPI), tendo tido a oportunidade de estagiar na clínica da APPI, em Londres, com os seus fundadores.
Fonte: Revista da AGAP