Ecografia músculo-esquelética: o que é?
De acordo com a Sociedade Portuguesa de Reumatologia (2016), a “ecografia é um meio complementar de diagnóstico imagiológico, não ionizante, de baixo custo, com uma acessibilidade que permite uma avaliação “à cabeceira” do doente ou como complementar ao exame físico no decorrer de uma consulta, com a possibilidade de realizar uma avaliação dinâmica e em tempo real, e repetir a avaliação em tempos sucessivos sem riscos ou inconvenientes significativos para o doente.
Apesar de ser um meio complementar de diagnóstico já utilizado desde há várias décadas para avaliação de outros órgãos e sistemas, só mais recentemente, aproximadamente nos últimos 20 anos, passou a ter uma utilização crescente e mais preponderante na avaliação do sistema musculoesquelético.
Para tal em muito contribuiu o desenvolvimento tecnológico dos aparelhos de ultrassonografia, com disponibilidade de dispositivos de resolução superior e sondas com frequências mais altas que foram permitindo uma visualização mais detalhada de estruturas mais superficiais, como são parte daquelas que integram o sistema musculoesquelético periférico. Além disso, a aplicabilidade da tecnologia Doppler para avaliação de articulações e estruturas periarticulares permitiu a identificação de sinais sugestivos de atividade inflamatória, contribuindo para uma avaliação mais completa e informativa do exame ecográfico. Nesse sentido, não é de estranhar que a utilização da ecografia musculoesquelética tenha conhecido um crescimento exponencial ao longo dos últimos anos”.
Quais as principais utilizações por parte dos Fisioterapeutas e Médicos?
Esta técnica tem vindo a assumir-se como um importante diferencial na prática dos Fisioterapeutas e Médicos que trabalham em contexto desportivo e clínico, especialmente para:
Com efeito, este recurso assume uma importância ainda maior quando falamos das lesões musculares que, como sabemos, representam 1/3 de todas as lesões desportivas. Se quiser saber mais sobre os achados clínicos nas lesões musculares e ter acesso a algumas importantes dicas para a execução desta técnica, clique aqui.
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Fonte: Manual da Sociedade Portuguesa de Reumatologia (SPR) – 2ª edição (2016), págs. 32 a 35 (http://www.spreumatologia.pt/upload/manual_SPR_NET.PDF)