Distúrbios mandibulares na população pediátrica

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Os distúrbios da articulação temporomandibular (ATM) englobam condições não só diretamente ligados à articulação temporomandibular, como também aos músculos da mastigação e estruturas relacionadas, nomeadamente deslocamento do disco intra-articular, fraturas mandibulares, inflamação e dor miofascial.

Como resultado, o diagnóstico e o tratamento surgem como extremamente desafiadores, sendo necessário um conhecimento aprofundado da anatomia e biomecânica destas estruturas.

A ATM é composta por um côndilo mandibular que articula com a fossa glenóide do osso temporal. O disco articular, composto de fibrocartilagem localiza-se entre estas estruturas articulares. O côndilo de uma criança é mais achatado e composto de osso cortical mais fino. Esta anatomia torna as crianças mais propensas a fraturas intracapsulares, fraturas relacionadas às estruturas que compõem a articulação.

Lê mais sobre ATM, aqui 👉 "ATM (articulação temporomandibular): classificação de disfunções e revisão anatómica"

A cartilagem de crescimento do côndilo está localizada abaixo da camada fibrosa, transformando-se em osso na extremidade proximal onde se articula com o osso temporal. Por causa dessa transformação, o côndilo é referido como um local de crescimento adaptativo e é influenciado por fatores hormonais, ambientais, físicos e biomecânicos.

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A causa das disfunções temporomandibulares é considerada multifatorial, com fatores biológicos, comportamentais, ambientais, sociais, emocionais e cognitivos, isoladamente ou em combinação, contribuindo para o desenvolvimento de sinais e sintomas de disfunções temporomandibulares.

As disfunções temporomandibulares podem ser classificadas como distúrbios articulares (ao nível da ATM) ou não articulares (músculos mastigatórios).

Conhece a abordagem terapêutica nas disfunções temporomandibulares, aqui 👉 "Disfunções da articulação temporo-mandibular (ATM): abordagens terapêuticas"

O correto diagnóstico entre estas duas classificações é feito através de uma boa anamnese juntamente com um exame físico, uma vez que os sintomas e apresentações destas duas condições são distintas. A população pediátrica pode apresentar uma disfunção com ambas as classificações.

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