As artrites geralmente envolvem dor, deformação e rigidez articular, mas a sintomatologia pode variar de acordo com a classificação:
- Osteoartrite - uma doença crónica, caracterizada por degeneração da cartilagem articular, dor e rigidez com graves alterações da função e ataca essencialmente mãos, joelhos e pés.
- Artrite reumatoide (AR) - é uma condição auto-imune sistémica que afeta predominantemente as articulações periféricas, onde se manifesta através de degeneração da cartilagem articular, hipertrofia óssea e dor ao movimentar-se. É a mais comum das doenças reumáticas inflamatórias.
- Artrite gotosa - doença causada por reação inflamatória a microcristais minerais de urato mais comum no sexo masculino e nas mulheres após a menopausa. Afeta principalmente o hálux, dorso do pé, tornozelos, joelhos e cotovelos, deixando a região quente, dolorosa e com hiperemia.
- Artrite piogénica aguda - afeta principalmente as articulações coxofemorais, joelhos, ombros e, menos frequentemente, tornozelos, cotovelos, articulações sacrilíacas e os punhos.
- Artrite psoriática - a psoríase, enquanto doença de pele de causa desconhecida e caracterizada por erupção eritemato-escamosa, pode também apresentar quadro articular grave.
- Artrite séptica - é uma invasão purulenta de uma articulação por um agente infeccioso (fungo, bactéria ou vírus) e, ao contrário dos restantes quadros de artrites, é mais comum em jovens.
- Espondilite Anquilosante (EA) - é uma doença inflamatória crónica que afeta principalmente homens jovens e em mais de 90% dos casos está associada ao antígeno HLA B27; envolve uma inflamação de articulação sinovial e dos tecidos conectivos, comprometendo essencialmente a coluna vertebral e áreas sacroilíacas.
De notar que existem mais de 100 sub-divisões de artrites, classificados de acordo com causa, local afetado, idade e gravidade (grau de acometimento); bem como que esta condição é um dos principais distúrbios músculo-esquléticos relacionados com o trabalho.
Felizmente, nos últimos anos muitos têm sido os avanços no tratamento destas doenças reumáticas - um exemplo disto mesmo é a descoberta que o exercício melhora a qualidade de vida de pacientes com EA (ler aqui).