“Se dois atletas completamente idênticos realizaram 1 repetição máxima (1-RM) de um agachamento com barra, mas um só levantou a barra com um esforço máximo, enquanto que o outro não, a intensidade do exercício foi a mesma para ambos?”
A resposta é NÃO. A intensidade será maior para o atleta que se esforçou mais! Isto pode parecer básico, mas é um importante ponto de partida para entender o que se segue…
O Velocity Based Training tem mostrado ser um recurso muito interessante no treino de força e condicionamento físico e recorre maioritariamente a tecnologias como transdutores de posição linear e acelerómetros como os dispositivos GymAware e a PUSH Band, respetivamente.
De uma forma simples, podemos descrever o processo da seguinte forma: os dispositivos medem a velocidade do movimento durante o exercício, organizam esses dados e com base nesses valores (e usando cargas submáximas) é calculado o 1-RM.
Mas os benefícios desta metodologia não se esgotam neste cálculo, sendo também útil para fornecer feedback instantâneo aos atletas e promover melhorias no desempenho. Hoje, usando transdutores de posição linear e acelerómetros wearable, podemos mesmo calcular com precisão a velocidade do movimento e assim produzir o perfil de carga-velocidade de um atleta.
De facto, o Velocity Based Training não é um conceito novo de treino, mas foi nos últimos anos que ganhou uma maior expressão, pois por um lado tem crescido a exigência e necessidades por métodos mais exatos e, por outro, a tecnologia tem-se tornado algo mais acessível para todos.
Se queres saber um pouco mais sobre este método, assiste a este vídeo exclusivo com Mário Simões sobre este tema:
CV: Licenciado em Desporto e Educação Física e Mestre em Treino de Alto Rendimento, conta com passagens pela Federação Portuguesa de Voleibol e Sporting Clube de Portugal. Strength and Conditioning Coach e fundador do Centro de Treino Jesuítas. Docente no ensino superior e formador experiente.