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Publicado a 27/03/2020

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Telefisioterapia: 6 passos para iniciar consultas online de Fisioterapia

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Mais do que nunca o tema da intervenção à distância, tele-reabilitação, tele-saúde e telefisioterapia nunca foram tão falados em Portugal. Ora, se já está a dar os primeiros passos, ou se ainda está a ponderar esta possibilidade, é normal ser assolado por uma série de dúvidas.

De facto, e no contexto da pandemia por COVID-19, instituições como a Chartered Society of Physiotherapy, afirma que a intervenção remota poderá ser apropriada para os fisioterapeutas que estão em isolamento social, para utentes com sintomas ou diagnóstico de COVID-19, para utentes em risco de infeção, assim como para todos os que estão preocupados com a prestação de cuidados presenciais.

Por isso, vamos agora partilhar um guia com 6 passos muitos simples, baseados no site karenfinnin.com, para que possa implementar a designada telefisioterapia!


Passo 1: avaliação subjetiva

É essencial construir um formulário para avaliação subjetiva, o qual pode estar disponível no website, redes sociais, ou até ser enviado por email. Com efeito, esta é uma "forma inteligente de conversação, projetada com muito bom gosto, que se adapta dependendo das respostas de cada etapa. Todas as perguntas de avaliação subjetiva esperadas estão incluídas, incluindo perguntas especiais de acordo com a parte do corpo envolvida."

Quando o paciente clica em enviar, o profissional recebe uma notificação para ler o formulário de avaliação subjetiva preenchido.


Passo 2: avaliação objetiva/ física

Depois de ler a avaliação subjetiva, o profissional deve responder ao paciente, colocando todas as questões adicionais que tenham resultado da análise da avaliação subjetiva.

De seguida, pode enviar-se um link para uma avaliação objetiva básica auto-guiada. O paciente deve seguir as instruções fornecidas que se pretendem o mais claras possível e, de preferência, devem incluir fotos e vídeos com demonstrações/ tutoriais de como fazer. Neste ponto importa salientar que o paciente não precisa concluir nenhum teste que provoque dor, ou que não se sinta à vontade.

No final, a informação/ resultado desta avaliação objetiva básica auto-guiada é enviado para o fisioterapeuta que está a acompanhar o paciente.


Passo 3: videochamada

Quando chegamos à videochamada, o fisioterapeuta já tem uma quantidade considerável de informações sobre o paciente e a sua condição. Isso tira muita pressão à videochamada e permite encurtá-la. O objetivo desta chamada será então confirmar mais perguntas, concluir outros testes, estabelecer relacionamento com o paciente e educá-lo sobre os próximos passos para a sua recuperação.


Passo 4: diagnóstico e relatório

Após a vidiochamada, o fisioterapeuta deve redigir um resumo, incorporando o provável diagnóstico do paciente, contribuindo com fatores, metas e planos. Embora deva ser completamente personalizado para o paciente, existem sistemas/ aplicações que facilitam o desenvolvimento do relatório, tornando-o mais eficiente.


Passo 5: prescrição de exercício

Em seguida, é desenvolvido o programa de reabilitação do paciente - para isto, existem também aplicações que tornam este trabalho mais eficiente (um exemplo é o Physitrack). Depois, este programa de reabilitação e o relatório são enviados ao paciente.

O acesso aos exercícios deve ser um processo fácil e, de preferência, dinâmico e muito visual, pelo que a utilização de aplicaçóes/ softwares que permitam que o paciente instale uma aplicação, de forma gratuita, no seu telefone ou tablet, é uma excelente opção. A isto, acresce ainda o facto destas aplicações permitirem registar medidas de resultado e classificações diárias de dor, assim como definir lembretes para a realização dos exercícios.


Passo 6: acompanhmento

É essencial que o fisioterapeuta e paciente continuem em comunicação permanete após a conclusão da fase de avaliação e durante a fase de realização dos exercício. Desta forma, qualquer dúvida pode ser logo esclarecida e qualquer situação que esteja a causar maior desconforto/ ansiedade pode também ser atacada mais precocemente, sem prejudicar o processo de reabilitação. Também desta forma, o fisioterapeuta consegue manter o paciente mais motivado na sua recuperação.

Quando o paciente chegar ao final da sua jornada de recuperação, é vital garantir que ele tem um programa preventivo para continuar o seu trabalho e manter os seus níveis de saúde e qualidade de vida.

 

Ainda assim, importa salientar que se o progresso do paciente não for satisfatório, mesmo com reavaliações e ajustes no programa de exercício, poderá ser necessário encaminhá-lo para outra forma de cuidados de saúde, ou outro profissional. Importa também referir que, de acordo com a Chartered Society of Physiotherapy, este tipo de prestação de cuidados poderá não ser apropriado em utentes com necessidade de cuidados complexos, em utentes cuja informação clínica não está disponível, quando um exame físico detalhado é necessário ou quando a capacidade para fornecer o consentimento informado está limitada.

 

Nota: a tele-saúde oferece oportunidades empolgantes para alcançar e ajudar mais pessoas, mas também levanta muitas questões. Este artigo centrou-se apenas numa rápida revisão sobre alguns passos fundamentais para iniciar as suas consultas online de Fisioterapia, a telefisioterapia.

 

               

Fonte: "HOW WE CONDUCT ONLINE PHYSIOTHERAPY CONSULTATIONS" por Karen Finnin (https://bit.ly/3by7DXQ) | Chartered Society of Physiotherapy | www.online.physio/ | https://bit.ly/2JfJEjY

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