A maioria dos adultos experiencia dor no ombro em algum momento da sua vida. Esta é uma condição comum por se tratar de uma das articulações mais instáveis.
O ombro é um complexo articular bastante complexo e o mais móvel de todo o corpo humano. É considerado pouco estável pela sua anatomia articular, especialmente na articulação glenoumeral. Esta grande mobilidade e menor estabilidade podem ser atribuídas à laxidez capsular associada à forma arredondada da cabeça umeral estar em contacto com a rasa superfície da fossa glenoide. Esta combinação torna exige um equilíbrio entre todas as estruturas estáticas e dinâmicas para a biomecânica da articulação ser possível, sem que ocorra uma luxação.
Por esse motivo, qualquer alteração que comprometa sua estrutura e função faz com que o complexo articular seja alvo de possível lesão.
A identificação de patologias graves é muito importante para o fisioterapeuta pois, por exemplo, a deteção precoce de tumores malignos no ombro pode impedir a disseminação de doenças metastáticas; enquanto a identificação de fratura do ombro impedirá a prescrição de tratamento, como terapia manual, que é contraindicada, além de direcionar o paciente para tratamentos mais ajustados e novos testes que ajudem a identificar p.e. se existe uma osteopenia ou tendinopatia associada.
Apesar dos benefícios de um diagnóstico precoce destas patologias graves, a sua baixa prevalência não justifica a realização de exames mais específicos e dispendiosos em todos os pacientes com dor no ombro. Portanto, é um desafio para o fisioterapeuta fazer uma correta avaliação e determinar se está ou não perante uma situação mais grave. Por tudo o descrito acima, torna-se indispensável o conhecimento aprofundado sobre a avaliação das red flags, de forma a identificar com a maior antecedência possível e posteriormente reencaminhar para os profissionais indicados.
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