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Publicado a 19/07/2021

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Raciocínio clínico no diagnóstico e tratamento das disfunções temporomandibulares

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César Fernández de-las-Peñas e Harry Von Piekartz realizaram uma revisão da literatura tendo como principal objetivo discutir o raciocínio clínico baseado nos mecanismos da dor como forma de determinar a avaliação e estratégia terapêutica mais adequadas e identificar/mapear a evidência científica mais atual em relação às intervenções com recurso à fisioterapia, em pacientes com disfunção temporomandibular (DTM).

Com base na investigação realizada, estes dois investigadores também propuseram um algoritmo para o exame clínico, as decisões de tratamento e ainda um modelo de dor que integra o conhecimento atual da neurociência da dor. Este algoritmo de decisão clínica integra o diagnóstico clínico com mecanismos nociceptivos com vista na aplicação da abordagem de tratamento mais adequada.

Importa ressalvar que o exame clínico de pacientes com disfunção temporomandibular deve ser baseado nos mecanismos nociceptivos e incluir a identificação do potencial fator de origem da sensibilização dominante, central ou periférica.  Além disso, as estruturas musculoesqueléticas responsáveis por estes processos de sensibilização devem ser avaliadas com o objetivo de reproduzir os sintomas.

 

Poderá ser do seu interesse a leitura do artigo “Disfunções crânio-cervicais: testes de estabilidade global da cervical” que pode consultar 👉 AQUI.

Consulte o artigo disponível na Bwizer Academy intitulado “ATM: classificação de disfunções e revisão anatómica” 👉 AQUI.


As estratégias terapêuticas aplicadas para a gestão da disfunção temporomandibular podem ser agrupadas em:

  • tratamentos de disfunções baseados nos tecidos afetados (intervenções de baixo para cima);
  • estratégias que visam estimular o sistema nervoso central (intervenções de cima para baixo).

As estratégias de baixo para cima incluem intervenções direcionadas às articulações, tecidos moles e nervos, bem como terapias invasivas, enquanto as estratégias de cima para baixo incluem exercícios, imagens motoras e também a educação sobre a neurociência da dor.

A evidência mostra-nos que a eficácia dessas intervenções depende do raciocínio clínico aplicado, uma vez que nem todas as estratégias são igualmente eficazes nos diferentes subgrupos de disfunção temporomandibular.

Na verdade, a presença ou ausência de um motivo de origem de sensibilização central pode levar a eficácias de tratamento diferentes. Parece que as abordagens multimodais são as mais eficazes e devem ser aplicadas em pacientes com disfunção temporomandibular.

Leia este artigo na íntegra, clicando AQUI!

Fonte:

Fernández-de-las-Peñas C, Von Piekartz H. Clinical Reasoning for the Examination and Physical Therapy Treatment of Temporomandibular Disorders (TMD): A Narrative Literature Review. Journal of Clinical Medicine. 2020; 9(11):3686. https://doi.org/10.3390/jcm9113686

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