A Diabetes Mellitus representa uma preocupação crescente de saúde pública com uma prevalência estimada desta condição, em 2018, na população portuguesa com idades compreendidas entre os 20 e os 79 anos, de cerca de 1 milhão de indivíduos (13,6% da população), entre os quais 44% ainda não foram diagnosticados.
As complicações do pé diabético constituem um grande fardo para o sistema nacional de saúde, representando o maior motivo de hospitalização entre pacientes diabéticos. Acredita-se que cerca de 2% dos pacientes com diabetes mellitus tenha uma úlcera do pé ativa. Ainda assim, pacientes diabéticos que não têm uma úlcera do pé, correm o risco de a desenvolver em cerca de 25%.
Evidentemente, também é cada vez mais reconhecido que os últimos estágios de complicações de úlceras do pé estão associados a morbidade grave e redução geral da qualidade de vida. Estima-se que mais de dois terços das amputações não traumáticas de membros inferiores sejam precedidas por uma úlcera, um evento crucial que abre a janela para a importância de uma intervenção precoce na Diabetes Mellitus e nas alterações de sensibilidade do pé, em específico.
Se este tema lhe interessa, leia também o artigo "Os Fatores Facilitadores de Aprendizagem e a Adesão ao Regime Terapêutico do Diabético Tipo 2", escrito pela enfermeira especialista, Sandra Magalhães.
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No entanto, o aparecimento da doença vascular periférica associada à Diabetes torna a maioria das úlceras do pé diabético assintomáticas durante os estágios iniciais da doença, dificultando o seu diagnóstico. Nos estados mais avançados, a evidência de perda de tecido torna-se mais evidente, ocorrendo frequentemente na forma de úlceras crónicas do pé que já não cicatrizam e apresentam um prognóstico mais reservado.
Um artigo de revisão, realizado por Jonathan Lim, Natasha Lynn e Cecil Thomas, teve como objetivo resumir os principais fatores de risco que contribuem para o desenvolvimento de úlceras do pé diabético, considerando a evidência mais recente sobre a importância da monitorização das doenças crónicas como é o caso da Diabetes Mellitus, prevenção e, mais importante, gestão da úlcera do pé diabético.
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Fonte:
Raposo, Filipe; Diabetes: Factos e Números2016, 2017 e 2018, Revista Portuguesa de Diabetes. 2020; 15 (1): 19-27