Uma equipa de investigadores portugueses do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge e do BioISI da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa anunciou a descoberta de um processo para melhorar em até sete vezes a eficácia de um medicamento que, em breve, vai passar a ser utilizado no tratamento da fibrose quística.
Esta recente descoberta foi publicada na revista científica internacional Sience Signaling, onde foi capa, e foi feita quando a equipa, liderada por Paulo Matos, investigador do Departamento de Genética Humana do Instituto Ricardo Jorge, estudava o mecanismo molecular do gene responsável por esta doença genética.
Em causa está o gene CFTR, que "codifica uma proteína transmembranar que regula a hidratação e a viscosidade do muco nas vias respiratórias", revela o instituto português em comunicado.
Ao estudarem o mecanismo molecular que mantém a proteína CFTR na superfície das célula, descobriram que são capazes de melhorar até sete vezes o resgate funcional do canal CFTR mutante, mediado pelo medicamento lumacafator, aumentando assim a eficácia do fármaco.
A fibrose quística é uma doença genética rara e ainda sem cura com uma evolução progressiva. Caracteriza-se por uma disfunção das glândulas exócrinas que levam à produção de secreções mais espessas que provocam obstruções a vários níveis do organismo, podendo mesmo levar à morte, geralmente por insuficiência respiratória.
Por isso, este poderá revelar-se num grande avanço no tratamento desta patologia.
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fonte:boasnotícias.pt