As doenças do foro neurológico representam a maior contribuição para o impacto global das doenças a nível mundial. Estas doenças estão associadas a uma elevada mortalidade, mas sobretudo a uma enorme variedade de sequelas cognitivas, comportamentais, motoras e sensitivas que originam as maiores taxas de incapacidade e uma procura crescente por cuidados de saúde.
Nos pacientes neurológicos, a capacidade de controlar e orientar mecanismos essenciais ao movimento está comprometida ou, em alguns casos, perdida. Isto inclui desde os pequenos movimentos de controlo mais fino à marcha e tudo o que esta implica.
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Desta forma, é essencial traçar objetivos dentro da estabilidade, mobilização, controlo e da componente sensorial para cada paciente. Conseguir definir alguns destes objetivos em respetivos prazos com determinadas estratégias para certo paciente é a base para um bom tratamento, especialmente, num paciente neurológico. Para conseguir estabelecer algo assim, é necessário um pensamento crítico e, acima de tudo, raciocínio clínico.
A reabilitação neurológica deve ser realizada tendo sempre o paciente como o centro de tudo, envolvendo a sua participação e possíveis adaptações à sua volta. Outra componente que também deve sempre ser tida em conta é a vertente psicológica e o seu impacto no processo de reabilitação.
A Marlene Pereira, fisioterapeuta, explica o raciocínio clínico a adotar em pacientes neurológicos no VÍDEO abaixo.