Os efeitos do exercício no metabolismo são ainda maiores do que os estudos demonstravam. Esta é a descoberta de um estudo publicado em 2021, na Cardiovascular Research, uma revista científica da European Society of Cardiology.
O estudo é o primeiro a examinar os efeitos metabólicos do exercício enquanto controla cuidadosamente as diferenças entre os participantes na dieta, stress, padrões de sono e ambiente de trabalho.
“Os resultados aumentam o nosso conhecimento sobre os benefícios generalizados do exercício sobre o metabolismo e revelam pela primeira vez a verdadeira magnitude desses efeitos.” referiu o autor do artigo, Dr. John F. O’Sullivan, da Universidade de Sydney, Austrália.
Um dos maiores desafios ao estudar os efeitos do exercício é controlar os fatores que diferem entre os participantes e podem influenciar os resultados. Por exemplo: idade, sexo, peso, condição física, dieta, padrões de sono, empregos, álcool e tabaco.
“A nossa motivação para este estudo foi superar essa limitação estudando o efeito do exercício sob condições controladas, revelando assim a verdadeira extensão dos efeitos no corpo. Para isso, usamos uma amostra composta por soldados homens saudáveis, com idade e condição física semelhantes e que viviam no mesmo domicílio, tinham os mesmos padrões de sono, comiam a mesma comida e realizavam o mesmo regime de exercícios.”
E quais são as adaptações centrais e periféricas ao treino? Saiba mais sobre este assunto 👉 AQUI
Leia e conheça a equipa THE PEAK, aqui 👉 À conversa com... a equipa The PEAK: Bruno Matos, Luís Mesquita e Mário Simões (Bwizer Magazine)
Um dos principais benefícios do exercício é o metabolismo, que é, resumidamente, como o corpo converte os alimentos em energia e elimina os resíduos.
Em comparação com estudos anteriores, os investigadores encontraram mudanças marcadas no metabolismo e, por consequência, nos metabólitos produzidos. Músculos treinados e com baixo consumo de energia usaram muito mais “combustível” - por exemplo, gordura - do que jamais foi mostrado. Os investigadores também encontraram mudanças nos níveis de fatores derivados do intestino, fatores envolvidos na coagulação do sangue, produtos de degradação de proteínas e fatores envolvidos na dilatação dos vasos sanguíneos de forma a aumentar o fluxo sanguíneo.
Saiba mais sobre a relação entre o exercício e o metabolismo, num mini vídeo tutorial exclusivo, pelo formador da PEAK Performance Series, Mário Simões.
Fonte: