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Publicado a 07/05/2020

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Ricardo Cotrim

O que se passa com os alongamentos? | Por Ricardo Cotrim

Ricardo Cotrim

O que se passa com os alongamentos?

Fazem parte, ou deveriam fazer, da rotina de praticamente todos aqueles que praticam exercício físico, mas também dos que não fazem. Afinal de contas a profissão de cada um, seja ser atleta, ou uma que implique passar um dia à secretária coloca altíssimas exigências no corpo humano, cada uma à sua maneira. Um futebolista que treine 300 remates por dia não tem uma exigência necessariamente superior àquele que faz 3000 cliques no rato. Muito provavelmente até atravessará a época sem lesões, enquanto o “atleta de escritório”, ao fim de 2 semanas estará a telefonar ao fisioterapeuta.

Os alongamentos são excelentes meios de se ir corrigindo ou retardando o aparecimento de algumas disfunções do movimento que decorrem do dia-a-dia. Mas bastará “esticar” os músculos? É mesmo isso que acontece? Ou sequer o que se pretende?

 

Será que os alongamentos… alongam?

A verdade é que, ao contrário do que o nome indica, os alongamentos não alongam. Não da maneira como todos nós os realizamos.

Muitos dirão que se sentem mais soltos, mais livres, mais flexíveis, mais “tudo”… E é verdade. Contudo é virtual. O que provocamos dentro dos músculos, cada vez que alongamos, é influenciar 2 estruturas microscópicas que se chamam Fuso Neuromuscular e Órgão Tendinoso de Golgi. Não entrando em complexidades, elas são responsáveis por controlar a quantidade de tensão em que o músculo está e quanto lhe é permitido esticar.

Portanto o resultado do alongamento é uma espécie de “reset” no Sistema Nervoso, que vai dizer ao músculo que este pode manter-se esticado daquela forma, sem problema. Colocando uma régua no músculo para ver quanto mede, mostrará exactamente os mesmos centímetros antes e depois de alongar, mesmo que os faça regularmente.

A única forma de efectivamente alongar, i.e. esticar o músculo permanentemente, é aumentar o tempo que se o mantem numa posição esticada. E provavelmente vai surpreender-se. São necessários à volta dos 20 minutos, ou mais. A partir daí já é possível haver deformação do tecido muscular. 20 (!) minutos. Muito longe dos 20, 30 segundos ou 1 minuto que normalmente todos alongam.

Clique AQUI para ler um artigo sobre "O que se passa com os alongamentos?".

CV: Fisioterapeuta

Fonte: in Trendy Health

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