Não é novidade que a lombalgia é uma das patologias mais faladas na Fisioterapia, dada a recorrência com que aparecem pacientes com esse diagnóstico em clínica. É tambem amplamente discutida uma vez que o seu tratamento, quando não realizado de forma eficaz e tendo em conta uma avaliação detalhada, leva a recidivas e reaparecimento da dor e, por consequência, perda de funcionalidade.
Cerca de 80% a 85% da população tem lombalgia pelo menos uma vez na vida. Desta percentagem, 5% a 10% sofre de dor lombar crónica, ou seja, uma lombagia que se mantém entre 6 semanas a 6 meses.
A grande maioria destas lombalgias são de origem mecânica, isto é, são provocadas por uma alteração biomecânica da articulação e/ou das estruturas subjacentes, levando a um desequilíbrio da mesma e provocando dor. Contudo, 5% das lombalgias são de origem visceral, através de dor referida de estruturas, tais como:
Apesar do maior predomínio da lombalgia, a região dorsal acaba por ser também um "refúgio" para algumas dores, dada a proximidade de inúmeros orgãos. A dorsalgia, pode ser dividida em três tipos:
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Numa avaliação da coluna vertebral, não podemos descurar a região cervical dada a sua grande flexibilidade, complexidade e relações quer a nível muscular, quer a nível articular.
A cervicalgia resulta de alterações nos tecidos moles (músculos, ligamentos, nervos) ou nas estruturas ósseas da coluna cervical. As causas mais comuns são lesões causadas por traumatismo ou excesso de sobrecarga e são muito associadas a desportos motorizados, acidentes de viação e/ou degeneração pela idade.
Uma das maiores causas de cervicalgia tem que ver com o desgaste dos discos intervertebrais. Uma vez que os discos intervertebrais funcionam como elementos de absorção de impacto, a sua degeneração provoca um estreitamento no espaço entre as vértebras, aumentando a sobrecarga exercida sobre as vértebras cervicais, com um consequente desgaste acrescido e possível aparecimento de dor. Por outro lado, esses discos podem deslocar-se, dando origem a hérnias cervicais, comprimindo a medula ou outras estruturas nervosas.
Como podemos verificar, dor na coluna cervical, lombar e dorsal são comuns. Contudo, enquanto profissionais de saúde, como podemos ajudar a reduzir a dor e a evitar o reaparecimento da mesma?
Assista a um vídeo exclusivo onde a fisioterapeuta e osteopata Sofia Milhano explica mais sobre como reduzir e prevenir o aparecimento de lombalgias, dorsalgias e cervicalgias, à luz das bases da osteopatia e manipulação vertebral:
CV: Sofia Milhano é licenciada em Fisioterapia pela Escola Superior de Saúde Vale do Sousa, Osteopata pela EOM e atualmente está a frequentar o Mestrado em Medicina Tradicional Chinesa no ICBAS.