O nosso website utiliza cookies por forma a melhorar o desempenho do mesmo e a sua experiência como utilizador. Pode consultar a nossa política de cookies AQUI

Publicado a 27/09/2018

Voltar

História de Sucesso com Hugo Loureiro (Bwizer Magazine)

Hugo Loureiro

Este artigo fez parte da 4ª edição da Bwizer Magazine – pode vê-la na íntegra aqui.

 

Estivemos à conversa com Hugo Loureiro, formador Low Pressure Fitness: Hipopressivos, para conhecer as suas motivações, filosofia de trabalho e projetos futuros.

 

Fale-nos um pouco sobre si.

Sou o Hugo Loureiro, natural e residente em Lisboa. [...] Sou empresário, profis¬sional do exercício e bem-estar (personal trainer), formador internacional e com ne¬gócios de Alojamento Local. O que mais gosto no Exercício é poder melhorar o bem-estar e a qualidade de vida das pes¬soas.

 

Uma curiosidade sobre si que nada tenha a ver com a sua atividade do dia a dia?

Fui atleta de judo, tendo sido campeão nacional e ibérico, na minha adolescên¬cia. No final dos anos 90 e início dos 2000, escrevi crítica musical e reporta¬gens de concertos, na Rádio Pirata e na revista Raio X. Em 2014, viajei à Ásia Central e passei o Afeganistão, de táxi, vindo do Irão e indo para o Turquemenistão.

 

O que gosta mesmo de fazer?

Exercício físico, ouvir música (banda preferida: Black Sabbath), viajar (Médio Oriente é a paixão) e apreciar gastronomia (indiana e paquistanesa).

 

Como concilia a vida pessoal com a profissional?

Seja qual for a altura do mês ou da semana, rentabilizo ao máximo a vida profissional, para desfrutar da vida pessoal, com a consciência tranquila e com pra¬zer. Sendo dono de mim mesmo, evito a auto-escravidão que às vezes nos atinge, quando entregues a nós próprios. Agendo escrupulosamente os afazeres e escrevo nas notas, os pendentes para resolver. Procuro não ceder à tentação de estender tarefas. Por inerência, desfruto da vida e dos que me são queridos.

 

Porque razão escolheu ser Profissional de Exercício?

Aos 12 anos, 3 anos depois de ter entrado para o judo, senti que era o que queria fazer: exercitar-me e fazer os outros exer¬citarem-se.

Como surgiu o Low Pressure Fitness?

Em 2014, o Piti Pinsach e a Tamara Rial, fundadores da Low Pressure Fitness, convidaram-me a juntar-me à sua equipa de formadores e fiquei extremamente entusiasmado. O meu background era o Método Hipopressivo Marcel Caufriez, mas a visão da Low Pressure Fitness é claramente mais fisiológica, na execução dos exercícios. Em 2015, recebi um email da Bwizer com o desafio de pertencer à sua equipa e logo aceitei. Os cursos começaram e, a partir daí, tudo evoluiu e, inclusivé, o “quartel-general” da Low Pressure Fitness tem-me requisitado para formações em Espanha, tendo tam¬bém já ministrado cursos em Londres e em Bruxelas.

 

Quando lhe perguntam o que faz, e responde que é Profissional de Exercício, o que sente?

Uma completa identificação entre o que faço e a paixão, felicidade, realização pessoal e apego que sinto, em ser isso.

 

O que mais gosta na sua profissão?

Melhorar o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas.

 

Fale-nos um pouco do conceito do seu estúdio.

Chama-se Hugo Loureiro Tailor Made Training. É um conceito de estúdio de treino personalizado, baseado numa ideia de “treino de alfaiate”, de gestão das tensões musculares e emocionais, adaptado à medida das circunstâncias de vida do cliente, com charme, requinte, exclusivo, glamorouso; uma boutique com uma ambiência clássica, numa sala de um prédio antigo, reabilitada, respei¬tando a estética original. De forma as¬sumidamente pomposa, é um “ginásio gourmet”. Abordo diversas metodologias: Pilates, Low Pressure Fitness, Treino de Integração Neuromuscular, Stretching Global Ativo, Mobilidade Articular, Liber¬tação Miofascial e, mais recentemente, o Método Garuda.

 

Quais os desafios e medos que enfrentou? Foi tudo fácil?

Durante a minha vida, tive situações mais ou menos adversas, que contribuí¬ram para as minhas evoluções pessoal e profissional. Dei aulas na escola, durante 18 anos e, com um medo persistente e virulento, teimava em não abdicar disso. Enquanto já dava treinos como louco, no Holmes Place da Avenida da Liberdade, durante a década passada, continuava a dar aulas de Educação Física na zona Oeste. Um dos momentos mais marcantes foi, em 2011, quando comprei o meu primeiro reformer com torre, para pilates personalizado, que me custou mais de 3000 euros. Nessa noite nem dormi, pois tinha poucos clientes e sabia lá no que me estava a meter. Era o Hugo “límbico” a dizer ao Hugo “cerebral” que tudo isso tinha sentido.

 

No seu percurso profissional, quais foram as experiências que mais o marcaram?

Não se choquem, nem tenham pena de mim. No momento em que tive um esgotamento tremendo, fui o mais honesto comigo e mandei “à outra parte” o Hugo comodista e receoso, bem como as energias adversas que se insurgiam de forma invejosa e mesquinha contra a minha ascensão. É tramado. Quando se tem notoriedade, não temos hipótese. Ainda me lembro quando me olhavam com um ar destrutivo, no dia a seguir à notícia dos exercícios hipopressivos, que apareceu no Observador. O vídeo teve mais de 800 partilhas! Foi aí que o Hugo Loureiro mostrou a sua verdadeira careca. Percebi que não tinha sentido temer o trabalho autónomo e empreendedor. Além da vida de professor ser cada vez mais absorvente e desgastante, estava a atrapalhar a minha progressão no treino personalizado. Um processo traumático convida a uma reflexão sobre a vida, disse o professor João Lobo Antunes, no seu último livro, “Ouvir com Outros Olhos”. Não desejo isto a ninguém, nem a quem achou “piada” ao que aconteceu. O meu bruxismo e o meu masseter falam por si: têm muitas histórias interessantes para contar [risos]. Neste momento, dei a volta e exponenciei toda a prosperidade que estava bloqueada. Acreditem que é possível. Agarrem-se ao que mais gostam de fazer e aos que mais amam, afastem do que não interessa e o mundo é vosso. Tão simples quanto isto: entendi de uma vez por todas que a responsabili¬dade é inimiga da ansiedade e do medo, essa “doença” pandémica...

 

Decidiu apostar mais esforços em alguma área em particular? E se sim, porquê?

Como gémeos, além de novidades, ado¬ro fazer coisas diferentes entre si. Aquilo que sempre gostei na vida é o exercício físico e a interculturalidade. Por isso, concretizei o meu projeto com duas dimen¬sões: exercício e bem-estar e alojamento local. Em ambos os casos sinto-me re¬alizado e de consciência tranquila. Num âmbito, é fantástico ver as pessoas mais saudáveis e felizes e, no outro, é dormir descansado, por não estar a tirar casa a ninguém e a dar abrigo a quem gosta de viver pelo mundo fora, nem que seja por 3 dias. Ainda por cima faço o mesmo, logo falo sobre o que ando: walk the talk [risos].

 

Hoje sente-se recompensado? Faria algo de forma diferente?

Não me sinto recompensado. Sinto que me estou a recompensar, embora, evidentemente, agradecido, por tudo o que se proporcionou. Investi e tenho investido imenso em fazer cursos, conselho que, aliás, dou seriamente a todos os que du¬vidam desta estratégia de crescimento, independentemente dos gastos asso¬ciados. Acreditem que recuperei tudo e tenho tido o respetivo retorno. Se pudes¬se voltar atrás no tempo, teria deixado a escola em 2012 e já estaria autónomo desde aí.

 

Como é que todos os dias procura elevar a sua profissão e a si mesmo?

Trato os meus alunos tão bem como gos¬taria que me tratassem a mim. Faço de um dia de trabalho um motivo de realização pessoal, cumprindo com amor e de¬dicação cada uma das suas alíneas, que são as sessões e as formações que dou.

 

Como é que os seus pacientes/clientes o elevam?

Quando me dizem que já não dói aqui e ali, quando já se lembram que estão disfuncionalmente posicionados, quando conseguem tocar no botão de parar, no autocarro, sem se levantarem, mas mais simples ainda, quando a largura dos seus sorrisos é maior, no fim do treino.

 

De que forma eleva os seus pacientes/clientes?

Segurando-os, não como se fosse a sua muleta, mas garantindo-lhes todo o meu compromisso em fazer-lhes bem.

 

Quais os seus projetos para o futuro?

Gostava de proporcionar formações no meu estúdio, de dar formações pelo mundo fora e, mais remotamente, de ter uma residência para profissionais, de todo o mundo, que viessem trabalhar para Lis-boa. Uma residência que lhes propor¬cionasse uma experiência inesquecível, com serviços de bem-estar e cultura.

 

Uma dica ou frase de inspiração para aqueles que gostariam de seguir os seus passos?

Deixo-vos com uma frase do Shams de Tabriz, douto sufi, que dizia: “o verdadeiro poder reside na submissão a um poder que vem de dentro.” Se preferirem uma frase mais contemporânea e simples, que seja a mítica do Obi-Wan Kenobi, do Star Wars: “Usem a Força!”

 

 

Este artigo fez parte da 4ª edição da Bwizer Magazine – pode vê-la na íntegra aqui.

CV: Lic. em Desporto e Ed. Física, Personal Trainer e formador internacional Low Pressure Fitness Hipopressivos

Fonte: Consulte a 4ª edição da Bwizer Magazine

Partilhe em...