A Paralisia Cerebral (PC) é uma das deficiências de desenvolvimento mais comuns. O termo Paralisia Cerebral é utilizado para designar um conjunto de distúrbios neurológicos caracterizados por distúrbios de movimento e postura, causando limitação de atividade atribuída a um distúrbio estático no cérebro em desenvolvimento, muitas vezes acompanhado por deficiências associadas e condições de saúde secundárias.
A PC é uma condição que abrange vários distúrbios nas diversas funções, nomeadamente nas funções motoras, incluindo, não apenas a limitação do movimento corporal, mas também no controlo e coordenação muscular, tónus muscular, motricidade fina e grossa do movimento, postura e equilíbrio.
Todas estas limitações levam a fortes limitações funcionais e comportamentos sedentários, que por sua vez exigem dependência diária de outras pessoas para a realização das AVD’s.
Sabe mais sobre Paralisia Cerebral, aqui 👉 “Atividade dos músculos da cervical e tronco superior na paralisia cerebral: Conceito Bobath”
A fisioterapia desempenha um papel fundamental no tratamento da PC sendo que a grande maioria dos diagnósticos de PC são acompanhados por Fisioterapia.
Os principais objetivos da fisioterapia são facilitar as necessidades de participação da criança com PC e reduzir as suas deficiências físicas. A fisioterapia ajuda as crianças com esta condição a atingir seu potencial máximo de independência física e níveis de stress, melhorando não só a sua qualidade de vida como também dos seus familiares e pessoas que a rodeiam.
Os fisioterapeutas utilizam várias intervenções terapêuticas para potenciar a autonomia, a força e a coordenação dos movimentos voluntários. A literatura de fisioterapia para PC contém múltiplas intervenções, expandindo-se rapidamente a cada ano.
Lê mais sobre a reabilitação neurológica, aqui 👉 “Princípios da Reabilitação Neurológica: Lesão, disfunção e deficiência”
Um estudo com o objetivo de avaliar a eficácia de várias intervenções em fisioterapia para crianças com PC, resumiu várias evidências num só artigo.
Estudos que avaliaram a eficácia das intervenções de fisioterapia comumente usadas para crianças com PC relataram que o fortalecimento de grupos musculares direcionados e o treino funcional apresentam as evidências mais fortes. Estes resultados são corroborados por outros resultados que concluíram que a terapia orientada por objetivos e o treio funcional foram eficazes no alcance dos objetivos funcionais e na participação da criança.
A nível respiratório, a evidência mostra que os efeitos do treino cardiorrespiratório em crianças com PC embora possa melhorar a sua capacidade aeróbia, a evidência geral sobre o efeito deste tipo de treino é limitada, podendo melhorar os resultados fisiológicos, mas sem grande impacto traduzido em domínios de atividade e participação.
Não perca a versão completa do artigo de forma gratuita, clicando AQUI!