Segundo a Fundação Portuguesa de Cardiologia, a fibrilhação auricular (FA) é a arritmia crónica mais frequente com uma prevalência superior a 6% a partir da sexta década de vida.
Este acontecimento é caracterizado por uma perda da função mecânica auricular, o que leva à estagnação do sangue e à formação de coágulos nas aurículas, que podem desprender-se e embolizar as artérias cerebrais.
Os factores de risco mais frequentes são a idade avançada, a hipertensão arterial, a diabetes e a insuficiência cardíaca.
As principais manifestações da doença são as palpitações, a resposta excessiva da frequência ventricular, a falta de ar e intolerância ao esforço, o aumento da mortalidade, etc.
A FA aumenta em 5 vezes o risco de AVC (a FA é responsável por 15% dos AVCs), em 3 vezes o risco de insuficiência cardíaca, em 2 vezes o risco de demência e duplica o risco de morte. Assim, tendo em consideração a relevância deste tema, convidamos o Enfermeiro Filipe Franco, uma pessoa com uma vasta experiência na área, para explicar como, olhando para um ECG, podemos suspeitar de FA:
Os objectivos da terapêutica da FA são prevenir o AVC, controlar a frequência cardíaca, restaurar e manter o ritmo sinusal, melhorar os sintomas, prevenir a insuficiência cardíaca e prolongar a esperança de vida.
Atualmente existem novos tratamentos, que podem ser utilizados de forma mais eficaz e segura.
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A Eletrocardiografia é o registo da atividade elétrica do coração (ECG). ECG é um procedimento técnico não-invasivo, de baixo custo e que pode fornecer muitas informações ao profissional de saúde, pelo que é amplamente utilizado na avaliação da função cardiovascular e na estratificação de riscos.
Ao longo dos anos vários métodos foram surgindo, decorrentes das necessidades mais específicas dos profissionais de saúde, contribuindo assim para aprimorar o diagnóstico e monitorização das patologias cardíacas.
Com efeito, vários são os contextos e profissionais de saúde que contactam com este MCD (Meio Complementar de Diagnóstico), pelo que se torna essencial que estes tenham os conhecimentos necessários para uma correta leitura e análise do traçado. Para os enfermeiros e médicos esta realidade torna-se ainda mais imprescindível, já que da sua execução e análise resultam decisões clínicas que podem fazer a diferença para o paciente.
Como suspeitar de um EAM ao avaliar um ECG?
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CV: Filipe Franco é Enfermeiro especialista em Enfermagem Médico-cirúrgica (vertente doente e família em situação crítica) e um formador experiente. É também Especializado em Assistência Integral em Urgências e Emergências pelo ICBAS e Pós-Graduado em Enfermagem de Urgências e Catástrofes.
Fonte: Fundação Portuguesa de Cardiologia