As lesões dos isquiotibiais são as mais comuns no desporto, representando um terço de todas as lesões desportivas. São as mais frequentemente relatadas no futebol, correspondem a 37% das lesões musculares correlacionadas com esse desporto e levam a que os jogadores falhem a, pelo menos, um jogo por época devido à mesma.
Um plantel profissional de futebol tem a probabilidade de sofrer, em média 15 lesões musculares por época o que implica 148 treinos e 37 jogos perdidos.
As lesões dos músculos isquiotibiais são descritas como frustrantes para os atletas, pois estão correlacionadas com um longo tempo de reabilitação, além da tendência à recorrência e da imprevisibilidade do retorno ao desporto na condição física pré-lesão.
Nem todas as lesões são iguais. Elas variam desde um leve dano muscular até a ruptura completas das fibras musculares. Assim como as características das lesões, o tempo de reabilitação também é variável.
Reporta-se um aumento médio de 4% ao ano na incidência de lesão. Contudo as lesões que ocorrem nos treinos têm aumentado mais do que as ocorridas nas atividades competitivas.
Após a lesão, os atletas de corrida têm um tempo de recuperação médio de de 16 semanas para retornar ao desporto sem restrições, já os bailarinos podem levar até 50 semanas. No futebol profissional, o atleta fica, em média, 14 dias fora das atividades competitivas. Em geral, a lesão dos isquiotibiais é a principal causa do afastamento do desporto.
Além do futebol, as lesões são comuns em desportos como o futebol americano e atletismo. O mecanismo de trauma mais comum é o indireto, as lesões ocorrem durante as atividades sem contato, com a corrida como a atividade primária. Desportos com movimentos balísticos do membro inferior, tais como esqui, dança e patinagem, estão associados com avulsão proximal dos tendões dos Isquiotibiais.
A junção miotendinosa é a parte mais vulnerável no conjunto formado pelo músculo, tendão e osso e quanto mais proximal a lesão, maior o tempo até o retorno à atividade física
De todas as lesões musculares, as dos isquiotibiais têm uma das mais altas taxas de recidiva, estimada entre 12-33%. A recorrência é a complicação mais comum das lesões dos isquiotibiais.
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