O Exercício Clínico é uma nova área de intervenção do exercício em contexto de doença. Hoje conhece-se muito bem a importância da atividade física na prevenção de inúmeras doenças, assim como está bem descrito o papel do sedentarismo na morte precoce, seja em idade adulta jovem, seja em idosos.
Com efeito, o exercício tem um efeito decisivo como regulador hormonal e como agente anti-inflamatório; ora, estes 2 efeitos, muitas vezes esquecidos, são decisivos na maioria das patologias. Desta forma, o Exercício Clínico pode constituir-se não como substituto das abordagens mais tradicionais, mas antes como um coadjuvante terapêutico com especial incidência nos efeitos secundários de numerosas patologias.
Como poderemos contrariar a perda da massa muscular durante um tratamento de quimioterapia ou radioterapia? Ou após um acamamento? Ou a sarcopenia?
Veja o que o Professor José Soares escreveu sobre o papel do exercício como coadjuvante terapêutico num conhecido bloque desportivo…
“Existem hoje evidências científicas seguras do papel do exercício como coadjuvante terapêutico em numerosas doenças. De entre as várias patologias, salientam-se a resistência à insulina, a diabetes tipo 2 a dislipidemia, a hipertensão, a obesidade, a doença obstrutiva crónica (DPOC), a doença coronária e a osteoporose, entre outras.
Para realizar exercício com estes doentes, existem recomendações específicas que devem ser cumpridas escrupulosamente com o apoio sistemático da parte médica.
Como verão a seguir, para o cálculo da intensidade usa-se frequentemente a chamada “escala subjectiva de esforço de Borg”. Mais não é do que uma tabela numérica a que corresponde uma descrição simples mas rigorosa daquilo que as pessoas estão a sentir quando estão a fazer esforço (ver figura). É uma forma muito simples mas muito útil de relativizar o esforço a cada um. Sei que estão a pensar que a frequência cardíaca (FC) parece ser um meio mais rigoroso. Em doentes, não é. Como muitas vezes o descondicionamento é tão grande, a FC pode dar-nos indicações erradas. Por exemplo, para um doente obeso, a FC pode estar pouco acima do repouso mas o excesso de peso pode tornar um simples exercício de subir e descer um degrau numa exigência muito intensa e cansativa. A escala de Borg é uma forma simples e inteligente de adaptar o esforço a cada um.
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