A escoliose é uma condição que afeta uma parte da população, especialmente na faixa etária dos 10 a 18 anos. É definida como uma deformidade da coluna vertebral e, para dizermos que existe uma escoliose, é necessário fazer-se a medição do ângulo de Cobb, o qual deve ser superior a 10º.
Existem vários tipos de escolioses: congénita, neuromuscular e idiopática. A forma mais comum de uma curva escoliótica é a curva "idiopática" - o que significa que não se conhece, com exatidão, a causa.
Como mencionado acima, a curva deve ser superior a 10º para ser classificada como escoliose. No entanto, curvas mais acentuadas necessitam de outras aboradagens:
Ultimamente, vários mitos têm sido desfeitos pois cada vez mais o sedentarismo e falta de variabilidade motora parecem justificar sintomatologias que antes eram associadas a "má postura", nomeadamente a escoliose.
Hoje em dia a evidência mostra-nos que não há posturas boas e posturas más. O que interessa é mesmo o equilíbrio e a variabilidade entre posturas.
Alterações fora dos alinhamentos morfológicos estáticos normais não são diretamente preditores de dor, sendo este mais um argumento para a não valorização excessiva da postura estática.
Nas escolioses, por exemplo, a correção morfológica pode ter uma relevância importante, dadas as complicações cardiorrespiratórias que podem surgir. Contudo, excetuando este aspeto, o Ângulo de Cobb de uma escoliose, por mais acentuado que seja, não deve servir como preditor de dor ou lesões e, quando encarado como tal, contribui apenas para o nocebo, aumentando a probabilidade da sintomatologia surgir.
Descobre mais sobre esta visão através de uma aula online dada pelo fisioterapeuta e osteopata, João Baptista sobre a abordagem às escolioses segundo as cadeias de coordenação neuromuscular: