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Publicado a 12/11/2021

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Entrevista a Gustavo Carona (Bwizer Magazine)

Gustavo Carona

Este artigo fez parte do Número 15 da Bwizer Magazine – pode vê-la na íntegra aqui.

Gustavo Carona nasceu no Porto, em 1980. É médico anestesista e intensivista no Hospital de Matosinhos e dedica-se a missões humanitárias, desde 2009. Já representou os Médicos Sem Fronteiras, os Médicos do Mundo e a Cruz Vermelha Internacional em zonas de carência humanitária extrema, como a República Centro Africana, o Sudão do Sul, Burundi, Afeganistão, Síria, Iraque, Iémen e Faixa de Gaza. Desde cedo que tenta dar voz às vidas que lhe passaram pelas mãos e a um mundo que poucos querem ver, apelando à humanidade global com a sua escrita nos media e redes sociais e com numerosas intervenções públicas. É autor dos livros 1001 Cartas para Mosul, O Mundo Precisa de Saber e Diário de um Médico no Combate à pandemia.

 

Gustavo, muito obrigado pela oportunidade e por aceitares este nosso convite. Faltou dizer alguma coisa? De certeza que me faltou dizer muita coisa, mas resumidamente podemos dizer isto, certo?

Sim, acho que sim. Eu só não nasci no Porto, no coração nasci, mas eu nasci no Canadá, foi um acidente de percurso, mas eu sinto como se tivesse nascido no Porto.

 

Sim, portuense. E a minha primeira pergunta vai, precisamente, nesse sentido. Na introdução falei que tu és um orgulhoso portuense, certo? Mesmo não tendo nascido na cidade Invicta. Começando pelo princípio, como é que foi a tua infância/adolescência? Já aí conseguias identificar a tua vontade de contribuir para a mudança no mundo? O curso de Medicina foi aparecendo já com esse intuito?

Era bonito, não é? Se eu dissesse que eu queria fazer coisas pelo mundo desde criança e que tinha essa paixão. Acredito que existam pessoas assim, mas não é o meu caso. Acho que não há grande coisa a dizer, sempre fui, acima de tudo, muito desportista, muito ativo e, secalhar, foi um desgosto do desporto que, na minha adolescência, me fez querer ser médico.

Eu tive um problema nas costas, quando tinha 14/15 anos, altura que era um bodyboard quase de referência nacional. Foi uma desilusão muito grande para mim, o que me permitiu canalizar essa tristeza para a vontade de estudar, querer ser médico e, eventualmente, ajudar outras pessoas a não passarem por aquilo que eu estava a passar naquela fase tão difícil. Depois o gosto e o prazer de querer ir mais além com os meus sonhos, acho que vem um bocadinho mais tarde, mesmo durante a faculdade de medicina. Hoje em dia, tenho muito contacto com muitos estudantes de medicina e percebo que as coisas mudaram muito, que eles já têm muita noção do que é que é o mundo humanitário, as missões, as diferentes ONG’s. Eu não tinha conhecimento de rigorosamente nada e foi a minha primeira viagem à África, já médico, mas como turista, que me fez levantar algumas questões. Acho que foi depois do meu primeiro contacto com África, Moçambique, que me fez dizer a mim próprio que se eu gostava de ser médico provavelmente faria sentido ser médico onde é mais preciso (...).

 


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PS: Se tiver alguma dificuldade em aceder à revista, volte a tentar numa Nova Janela de Navegação Anónima - dessa forma não existirão barreiras à sua evolução.

Este artigo fez parte do Número 15 da Bwizer Magazine – pode vê-la na íntegra aqui.

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