A ativação elétrica do coração ocorre quando os potenciais de ação são propagados através das aurículas a partir do nó SA, depois direcionados para os ventrículos pelo nó AV e, finalmente, distribuídos pelos ventrículos pelo sistema Purkinje.
A despolarização e repolarização do miocárdio podem ser observadas e quantificadas colocando elétrodos na superfície do corpo para medir a atividade elétrica no coração. Sendo que o registo dessa atividade é designado de eletrocardiograma (ECG).
De notar que o ECG regista alterações na voltagem, mas não na voltagem absoluta, pelo que quando o coração está totalmente repolarizado ou despolarizado, o ECG regista uma tensão zero, chamada linha de base isoelétrica.
O ECG de 12 derivações
Existem boas práticas definidas para a realização do ECG. Com efeito, um desses pontos é a colocação dos elétrodos em locais específicos na superfície do corpo que a atividade elétrica do coração possa ser vista em diferentes ângulos, resultando no chamado de ECG de 12 derivações.
Segundo o artigo “Cardiac electrophysiology: normal and ischemic ionic currents and the ECG” de 2017, na prática, essas 12 derivações são gravadas simultaneamente para que o mesmo evento elétrico no tempo possa ser visto em 12 ângulos diferentes.
Seis dessas derivações incorporam elétrodos colocados nos braços esquerdo e direito e nas pernas esquerda e direita, permitindo a visualização do coração nos seguintes ângulos:
Notas:
Para continuar a ler este artigo sobre o Eletrocardiograma (ECG) cardíaco normal aprender mais sobre as restantes 6 derivações, assim como sobre o traçado de ECG, clique AQUI!
Fonte:
Cardiac electrophysiology: normal and ischemic ionic currents and the ECG, 2017.