Nos tradicionais check-ups anuais, pessoas sem queixas são submetidas a um conjunto de exames com o objectivo de detectar doenças que ainda não se manifestaram, de modo a impedir a sua progressão.
Contudo, por vezes estes exames resultam em diagnósticos supérfluos, incluindo falsos positivos, acarretando com eles o risco de mais exames e tratamentos desnecessários.
Quem nos diz isto é uma revisão sistemática da literatura médica publicada em 2012 pela Cochrane. Os autores consideraram 14 ensaios clínicos com mais de 182.880 pessoas, divididas em grupos, tendo concluído que:
Não devemos então fazer check-ups médicos anuais?
Não é possível fazer esta afirmação. Mais revisões da literatura e estudos são necessárias, pois apesar de publicada em 2012, foram considerados ensaios clínicos que decorreram até 1999.
O que estes autores concluem que é improvável que os check-ups sejam benéficos e sugerem que a ausência do seu efeito se explica porque os médicos intervêm quando desconfiam que um doente está em risco de uma determinada doença, mesmo que o vejam por outros motivos.
Resta saber, de uma forma geral, para um adulto, quais os exames mais importantes:
O médico de MFR (médico de família) tem uma palavra muito importante neste âmbito, mas de facto estes exames mais adaptados à realidade de cada um parecem ser mais vantajosos que uma extensa bateria de testes iguais para todos.
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Fonte: Jornal público
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