A síndrome de dificuldade respiratória aguda (ARDS) na população Pediátrica

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A síndrome de dificuldade respiratória aguda (ARDS), é uma lesão pulmonar aguda. Esta condição é responsável por uma pequena percentagem de admissões pediátricas em cuidados intensivos, no entanto apresenta uma taxa de morbilidade e mortalidade significativa.

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A etiologia da ARDS pode ser muito variada, esta divide-se habitualmente em causas diretas, que incluem aquelas em que há lesão primária do epitélio pulmonar (como sejam pneumonia, aspiração, inalação de tóxicos e afogamento), e causas indiretas, em que ocorre lesão pulmonar em contexto de inflamação sistémica que lesa difusamente o endotélio vascular pulmonar (nomeadamente, sépsis com origem extrapulmonar, choque não cardiogénico, trauma, transfusões, pancreatite, intoxicação medicamentosa e vasculite).

A lesão difusa da membrana alvéolo-capilar provoca edema dos espaços aéreos e do interstício, com desenvolvimento de um exsudado neutrofílico rico em proteínas que compromete as trocas gasosas e reduz a complacência pulmonar. Além dos mecanismos descritos, a potencial iatrogenia decorrente da ventilação (VILI-lesão pulmonar induzida pela ventilação), sobrecarga hídrica e suporte nutricional deficiente podem contribuir para a ARDS pediátrica (PARDS).

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De acordo com a bibliografia, as causas mais frequentes da ARDS são: pneumonia (35%), aspiração (15%), sépsis (13%), afogamento (9%) e doença cardíaca concomitante. As infeções, incluindo sépsis e pneumonia, são responsáveis por cerca de metade dos casos.

Devido aos desafios de reconhecer e tratar a ARDS na população pediátrica, em 2015 um painel de especialistas de vários países estabeleceram as suas recomendações para um conjunto de critérios para a definição de PARDS. Esses critérios visam fornecer uma orientação uniforme e mais precisa para ajudar no reconhecimento precoce e na intervenção dessa patologia. Só será possível a validação da definição de PARDS com a realização de grandes estudos multicêntricos na população pediátrica.

Clique AQUI e aceda ao artigo completo com os Critérios para diagnóstico da PARDS.

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