A avaliação é um elemento fulcral da reabilitação e, por isso, antes de aplicar técnicas, é salientada cada vez mais a importância de avaliar detalhadamente e com um olhar crítico cada lesão e disfunção. O fisioterapeuta e osteopata João Tedim, concorda com esta visão, e refere o seguinte:
"A chave de um tratamento de sucesso está num diagnóstico preciso. A técnica de tratamento poderá ser qualquer uma que tenha efeito sobre o problema identificado.
Uma vez identificado o problema primário, ou seja a causa da lesão, a abordagem do Fisioterapeuta será, não de calar sintomas, mas sim incidir na sua origem. Desta forma, a resolução dos sintomas dos nossos pacientes será duradoura, e não de curto prazo."
A manipulação articular é uma das técnicas de terapia manual que maior impacto causa junto dos pacientes e pode ser uma opção de tratamento viável caso a avaliação indique que tal poderá ser benéfico. Contudo, para atingir todo o seu potencial, esta ferramenta terapêutica deve ser aplicada tendo por base um raciocínio clínico sistematizado.
Os últimos 15 anos de investigação sugerem que a manipulação articular tem muitos efeitos neurofisiológicos associados, para além dos biomecânicos sobejamente conhecidos. Com efeito, habitualmente utilizada como complemento e em sinergia com outros recursos, a manipulação vertebral permite obter resultados rápidos e eficazes no alívio da dor e no restauro da amplitude e mobilidade articular.
Posto isto, convidamos o fisioterapeuta e osteopata João Tedim, a explicar-lhe qual a diferença entre hipermobilidade e hipomobilidade e quais as implicações destas condições na avaliação e intervenção do profissional: